terça-feira, 16 de outubro de 2012

CURRÍCULO REAL, OCULTO E PRESCRITO




A tradição escolar sempre apresentou as teorias do currículo como algo isolado e distante, algo desprovido de significações mais profundas que pudessem contribuir para o desenvolvimento das capacidades intelectuais e cognitivas de cada aluno em particular. O currículo escolar era simplesmente considerado como uma seriação de conteúdos escolares em que cada unidade curricular (disciplina) era estruturada e detalhada de acordo com as exigências e normas da instituição de ensino. O currículo caracterizava-se pelo modo próprio de ser de cada escola, pelo bom funcionamento de suas atividades e pela forma padronizada de se trabalhar com a educação e com seus pacientes mais imediatos: os alunos. Dessa forma, se a estrutura planejada no início do ano, a que foi estabelecida no projeto político pedagógico de cada escola, estivesse sendo rigorosamente obedecida, significava que o plano curricular estava sendo bem formado e coerentemente respeitado em suas determinações.

O currículo escolar tem dois pontos a serem enfrentados pela escola que define o que se deve ensinar e o programa ao qual terá que se seguir que é a Grade Curricular. Sendo assim, a escola tem papel fundamental para reunir-se para discutir a concepção hoje existente de currículo, pois temos as Diretrizes Nacionais para os diferentes níveis de ensino e também nos Parâmetros  Curriculares Nacionais que enfoca a composição dos eixos da Base Nacional Comum e a Parte Diversificada. Com base nessas determinações formais do currículo vão se manifestando nas escolas, no espaço dinâmico, vai produzindo simultaneamente diferentes formas de expressões de currículo.
Sendo assim essas expressões são: o currículo oculto que é aquele constituído por todos os aspectos do ambiente escolar, que se faz parte do currículo oficial, o qual o aluno aprende através das atitudes, comportamentos, valores e orientações.
O currículo oculto é representado pelas influências que afetam a aprendizagem dos alunos e o trabalho do professor proveniente da experiência cultural, dos valores e significados trazidos pelas pessoas de seu meio social e vivenciado na própria escola, ou seja, das praticas e experiências compartilhadas em escola e na sala de aula, (Libâneo, p. 172).
O currículo prescrito que é estruturado por diretrizes normativas prescritas institucionalmente, por exemplo, os Parâmetros Curriculares Nacionais. Este tipo de currículo prevê os perspectivos conteúdos a serem trabalhados nas mais diversas disciplinas.
O currículo real são as sínteses construídas por professores e alunos a partir do currículo prescrito e das experiências pessoais de cada uma. A característica marcante deste currículo é a contextualização dos conteúdos. São os moldes formais do Currículo formal que tomam vida na sala de aula onde se pode repensar seus conceitos e construir competências de caráter conceitual, procedimental e atitudinal.
Portanto o currículo constitui o elemento nuclear do processo pedagógico, pois é ele que viabiliza o processo de ensino aprendizagem. Expressa a cultura da escola com a sua recriação e desenvolvimento.
Repensar e refazer o currículo é uma prática necessária e constante em todos os momentos históricos. Foi necessário no nosso passado, é neste momento presente e continuará sendo, pois esta é uma forma possível, real de manter viva a esperança, a luta, a coragem, a solidariedade e a construção de um mundo melhor de se viver e certamente de uma educação de qualidade.
A finalidade do currículo escolar não é simplesmente seguir um cronograma de conteúdos e de disciplinas e sim analisar um conjunto no qual a cultura a transformação social, faz parte de um instrumento regado de ideologias políticas.

Com base nestas informações, gostaria de propor aos colegas educadores, uma discursão a certa de qual seria o currículo ideal nestes novos tempos para Educação de em nosso País?

REFERÊNCIA LIBÂNEO,
José Carlos. Organização e Gestão da escola





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